quinta-feira, 30 de julho de 2009

Artigo Daniele

Arquitetura Contemporânea
A arquitetura da atualidade está muito vinculada à arquitetura dos tempos do modernismo - que foi estabelecido por volta da segunda metade do século 19, com a Revolução Industrial - uma vez que foi a partir dessa época que se iniciou a utilização de recursos técnicos avançados e materiais novos e mais leves, como o aço. A principal característica do movimento moderno era a busca por uma radical ruptura com o passado, renovando e rejeitando toda a arquitetura anterior ao movimento – aquela que sustentava o uso de ornamentos, essa arquitetura adotava a chamada construção honesta, onde toda a estrutura ficava aparente, a forma seguia a função, permitindo a visão das vigas, pilares e estruturas de ferro combinadas com vidro.
Já a arquitetura praticada nas últimas décadas, e iniciada por volta dos anos 70, caracteriza-se, de uma forma geral, como uma reação à essas propostas da arquitetura moderna: ora os arquitetos atuais relêem os valores modernos e propõem novas tendências ,ora eles sugerem idéias radicalmente novas, procurando apresentar projetos que sejam anti-modernistas, conscientemente desrespeitando as intransigentes leis do modernismo.
Sendo assim, a arquitetura contemporânea se caracteriza por apresentar diferentes possibilidades de classificação se compararmos com a arquitetura moderna, por isso pode-se considerar a existência de três correntes: as correntes derivadas da arquitetura moderna – onde se vê o uso de formas puras isoladas ou combinadas, as correntes lúdico formalistas – que se utiliza de formas orgânicas para mexer com o imaginário do observador, e finalmente as correntes que se aproximam do paradigma da sustentabilidade e da reutilização de alguns elementos do passado.
Dentre as diversas correntes da arquitetura contemporânea vale destacar as seguintes:
- Neo Racionalismo – derivada da Arquitetura Moderna; utiliza formas geométricas puras, usa a marcação de topo e base, severidade decorativa, conseguidas pela exclusão de todo o ornamento, monumentalidade evidente das construções e espaços projetados.
- High Tech - derivada da Arquitetura Moderna; caracteriza-se pelo emprego de materiais de tecnologia avançada, remetendo ao futuro, e deixando as complexas estruturas construtivas propositadamente à vista
- Estruturalismo – derivada da Arquitetura Moderna; essa arquitetura é representada pela conexão de vários elementos geométricos de formas e tamanhos diferentes, arranjados de acordo com a função e organizadas de forma hierárquica.
- Neo Organicismo – derivada da Arquitetura Moderna; assim como no movimento moderno, é indiferente ao entorno. Possui formas orgânicas que fazem referência à natureza utilizando principalmente estruturas metálicas.
- Desconstrutivismo – derivada da corrente lúdico–formalista; distingue-se pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, geralmente são edifícios escultóricos caóticos e imprevisíveis.
- Lúdica – derivada da corrente lúdico–formalista; se propõe a brincar com o observador de forma fantasiosa e infantil, muitas vezes proporcionando um resultado infeliz.
- Empirismo - relacionada ao paradigma da sustentabilidade - utiliza a experiência da comunidade usuária na participação dos usuários projeto, faz referência à cultura, às técnicas, aos materiais e aos elementos arquitetônicos da região.
- Regionalismo - relacionada ao paradigma da sustentabilidade - procura absorver o “espírito do lugar”, buscando uma identidade. O edifício se identifica com o entorno por isso usuário se identifica com a obra. E também faz referências a cultura local, as técnicas, aos materiais e aos elementos arquitetônicos.
- Revitalização - relacionada ao paradigma da sustentabilidade – busca a recuperação de obras danificadas, preservando o exterior com pequenas alterações e modificando o interior se necessário.
- Arquitetura Sustentável - relacionada ao paradigma da sustentabilidade - enfoca estratégias inovadoras e tecnologias para melhorar a qualidade de vida cotidiana, sua abordagem envolve principalmente: eficiência energética na construção e sua manutenção; aproveitamento de estruturas pré-existentes; especificação de materiais utilizados; e a proteção de contornos naturais.
Para identificar uma arquitetura como contemporânea é necessário uma atenção na percepção de alguns elementos que a caracterizam, entre eles destaco estes:
- Arquitetura de Topo e Base - apresenta uma diferenciação entre esses e os outros pavimentos, estabelecendo na maioria das vezes uma marcação de acesso, fazendo referência à arquitetura clássica.
- Arquitetura Virtual – utiliza elementos na composição da edificação com a finalidade apenas de produzir efeito, apenas para compor a forma, não sendo um elemento estrutural.
- Arquitetura Inclusora – o edifício é composto pela adição de várias formas, resultando em uma nova forma mais complexa; a intersecção muitas vezes é tão intensa que se torna difícil distinguir quais volumes originaram o corpo do edifício.
- Utilização de Citações – referencia arquiteturas já existentes, tendo a intenção de compor com o entorno ou então apenas para citar alguma obra.
A partir desses elementos e correntes estudadas, pode-se dizer que a arquitetura atual não possui uma característica singular, possui sim várias correntes, chamadas de Correntes Pós modernas. Já os elementos caracterizadores estão sempre sendo introduzidos a arquitetura atual, possuindo, ou não, relação com os já existentes. Assim, características como topo e base, marcação de esquina e acessos são características de arquitetura do passado, não existente no movimento moderno, mas muito presentes na atualidade. Além desses elementos, outros caracterizadores foram sendo agregados, tais como: uso da cor e de tratamentos de superfície, de citações arquitetônicas, tratamento de empenas, uso de elementos virtuais, arquitetura inclusora.
Na cidade de Pelotas, pode-se identificar muitos desses elementos caracterizadores, muitos deles incorporados à edificações mais antigas e outros modificados com o tempo, mas mesmo assim, apesar de sua baixa qualidade, podemos identificar na cidade de Pelotas duas principais correntes arquitetônicas: a Neo Racionalista e a Neo Eclética, a última não mencionada anteriormente, mas muito simples de serem notadas em cidades como Pelotas. A primeira corrente refere-se ao uso de formas geométricas simples, tentando se integrar a arquitetura moderna já existente tem também como característica a aplicação da coluna cilíndrica, janelas quadradas repetindo-se em alinhamentos horizontais e verticais e a isenção de ornamento. A segunda tem como característica a identificação com a arquitetura do período eclética - arquitetura muito eminente na cidade de Pelotas - praticando uma releitura de alguns elementos daquela época e aplicando estas características na arquitetura atual.

Artigo Wiliam

Arquitetura moderna x Arquitetura Contemporânea:



Para confrontarmos a arquitetura moderna e a contemporânea a devemos primeiramente conhecê-las assim como os acontecimentos responsáveis pelo seu surgimento, assim ficam mais evidente as qualidades e defeitos de cada uma.
A arquitetura moderna foi um reflexo tardio dos movimentos iluministas, baseada na poética maquinista e na produção em serie, teve um caráter elitista, criticava o uso de ornamentos alem disso foi um movimento anti-historicista, possivelmente a característica mais importante da arquitetura moderna.
Em 1956 ocorre a ultima reunião do CIAM, o racionalismo e o positivismo já não eram orientações fundamentais como em outros tempos, cada vez mais começaram a surgir criticas a arquitetura moderna ate quando foi visto que a arquitetura moderna não era a resposta que ate então se acreditava ser para os problemas da atualidade da época, então os princípios do modernismo foram colocados em questão e substituídos pelos seus inversos então, depois de uma cisão interna os modernistas foram divididos em 2 grupos, continuístas e os revisionistas, estes últimos foram responsáveis pelo pós-modernismo
Sinteticamente podemos dizer que a arquitetura contemporânea seria uma critica a arquitetura anterior, no caso a moderna. Porem algumas vertentes são mais radicais outras não fazendo com que os rumos da arquitetura não estejam claros, apenas expressam a opinião que a arquitetura anterior não foi satisfatória.
Mas ate então a arquitetura contemporânea parece não ter achado uma identidade consonante como em outras épocas, sejam pelas suas inúmeras ramificações, seja por muitas vezes serem obras isoladas ou por ainda não ter respondido as questões que o modernismo também não respondeu. A questão é, será que a arquitetura contemporânea vai responder? ou pelo menos alguma dessas ramificações (vários estudiosos acreditam q o Desconstrutivismo seria a vertente da arquitetura contemporânea mais próxima de responder tais perguntas) Ou seria a arquitetura contemporânea apenas um movimento efêmero e passageiro? A única certeza é que a arquitetura contemporânea é um movimento em constante modificação.

Principais estilos arquitetônicos contemporâneos.

- Desconstrutivismo: Designação proveniente da exposição organizada em 1988 por Philip Johnson, em Nova Iorque, com o nome de “Deconstructivist Architecture”, parte da confrontação entre oposições como estrutura/decoração, abstração/ figuração, figura/fundo, forma/função.

- Neo-Racionalismo: também conhecido como tendenza, foi a primeira manifestação do pós-modernismo na Europa. Foi a tentativa de posicionar a arquitetura contra o sistema de produção consumista, recusava o principio de que a forma seguia a função.

- Arquitetura Lúdica: foi uma maneira de criticar o fundamentalismo modernista. foi o principal motivo para o surgimento dessa arquitetura, ironizava o produtivismo tecnológico atual e a comercialização da arquitetura. Criava espaços imaginativos e ficcionais muitas vezes, brincando com os sentidos do apreciador.

- Arquitetura Regionalista: é associada à diversidade climática, às técnicas e materiais locais, e à diferenciação das comunidades regionais, que se manifestam nas suas próprias tradições culturais e nos valores que as caracterizam e as identificam.

- Arquitetura sustentável: foi difundida com as novas discussões nas ultimas décadas sobre os rumos e os impactos da arquitetura globalizada, “é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras” é das ramificações da arquitetura contemporânea q vem crescendo mais.

- Hi-Tech: proveniente do metabolismo japonês, a arquitetura hi-tech não tem esse nome somente pelo uso de elementos de alta tecnologia, mas sim na exposição e ostentação desses elementos tecnológicos.

Características principais da arquitetura contemporânea e seu oposto na arquitetura moderna

- Platibanda:
Moderna: apenas para esconder coberturas
Contemporânea: destacar os acessos, o topo, muitas vezes com função apenas decorativa

- Tratamento reservatórios:
Moderna: não tinha preocupação com o tratamento ou em esconder os reservatórios.
Contemporânea: inclusão espacial do reservatório no restante da edificação incorporando ao seu volume

- tratamento sacadas:
Moderna: sacadas eram apenas elementos adicionados
Contemporânea: sacadas incorporadas ao prédio, dando ritmo, organicidade,e diferenciação a edificação.

- Diferenciação do acesso:
Moderna: acesso muitas vezes era lateral ou escondido pois não tinha um grande relevância na obra
Contemporânea: acesso destacado e diferenciado em relação ao resto da edificação, seja por cor, textura ou volume.

- Utilização de cores:
Moderna: cores servem para isolamento do entorno, normalmente branca ou ausência de cor (brutalismo)
Contemporânea: cores servem para integração com entrono, alem de servirem para destacar partes da edificação como o topo a base ou as estruturas por exemplo.

Arquitetura contemporânea em pelotas:
Em pelotas ainda não se tem um numero representativo de edificações contemporâneas ate pela característica historicista da cidade, porem esse numero de edificações vem crescendo principalmente com prédios comerciais tanto pequenos quanto médios.


¹
²
³Brundtland Report, em 1987

Artigo Isadora

Panorama acerca de uma Arquitetura Contemporânea


A Arquitetura Moderna, produzida principalmente entre as décadas de 1910 e 1950, surgiu como um movimento que buscava renovar a arquitetura existente e romper com estilos anteriores, em especial o Ecletismo do século XIX, sem pretender tornar-se um estilo.
Nesse período, os inúmeros ideais divergentes fizeram dos CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) um meio para estabelecerem pontos comuns, como a postura anti-historicista, o desprezo aos ornamentos - considerados fúteis, criação de espaços geométricos e mínimos, uso da indústria para a padronização de elementos arquitetônicos, e o objetivo de produzir edifícios econômicos e funcionais.
Após a segunda metade do século XX, a Arquitetura Moderna se tornou banalizada e perdeu sua qualidade, não tardando para que entrasse em decadência. Aqueles que a criticavam originaram novos ideais arquitetônicos, cujas manifestações iniciaram a partir da década de 1970.
Os momentos de abandono do Modernismo e experimentação de novas possibilidades arquitetônicas podem ser vistos como um tempo de Pós-Modernismo, mas que não caracteriza um novo estilo por si só. Preconiza, sim, o momento vivenciado na atualidade, de busca e formação de uma suposta Arquitetura Contemporânea.
A primeira expressão da Arquitetura Contemporânea foi a mistura e renovação de estilos anteriores, como a corrente Lúdico-Formalista, que adicionou cores às fachadas brancas do Movimento Moderno. Em meados de 1970, começam a surgir os primeiros exemplos dessa arquitetura diferenciada, formada por correntes originadas na Arquitetura Moderna, lúdico-formalistas e sob o paradigma da sustentabilidade.
Como exemplo de correntes derivadas da Arquitetura Moderna, temos a Neo Racionalista e a High Tech. A corrente Neo Racionalista utiliza regras de composição clássica, fazendo uso de marcação de topo e base, formas geométricas e puras, minimalismo, cores e texturas. A vertente High Tech, que significa de “alta tecnologia”, utiliza ao máximo os materiais e técnicas disponíveis para a construção. Um exemplar característico deste tipo de arquitetura é o Centro Pompidou em Paris, de Richard Rogers e Renzo Piano.
Seguindo os preceitos lúdico-formalistas, há correntes como a Neo Eclética e o Deconstrutivismo. O Neo Eclético surge aproximadamente 100 anos depois do antigo Ecletismo, com o objetivo de superar a Arquitetura Moderna relendo a arquitetura do passado. Possui grande vínculo com a Arquitetura Clássica, utilizando seus conceitos e elementos - frontões, colunas, frisos, entre outros. O Deconstrutivismo é uma arquitetura que desconstrói a forma, aparentando desordem, ruptura, falta de equilíbrio e, muitas vezes, causando choque por sua forma escultórica.
Dentro do paradigma da sustentabilidade, temos como exemplo o Regionalismo e a Arquitetura Sustentável. O Regionalismo absorve o “espírito do lugar”, buscando identidade naquilo que é tradicional, como referências culturais, cores, técnicas e materiais locais. Possui relação com o entorno, causando efeito emocional em quem se familiariza com ela e facilitando sua preservação. A Arquitetura Sustentável pretende ser duradoura e busca harmonia entre a obra, o processo construtivo e o meio ambiente. Tem como objetivos minimizar resíduos, consumos energético e de água, atingir conforto térmico sem o uso de sistemas de ventilação/aquecimento, entre outros. Os materiais priorizados são considerados ecológicos, como tijolos de solo-cimento, adobe, tintas sem tóxicos, materiais reciclados, etc., e os regionais, que reduzem o percurso de transporte e emissão de gás carbônico pela queima do combustível.
A Arquitetura Contemporânea possui diversas características que a diferenciam da Moderna e que são pontos comuns entre suas correntes divergentes. Esta arquitetura experimenta com as formas para causar efeitos no observador, provocá-lo. É descontínua nos temas ou motivos, lúdica, irônica, permissiva e globalizada.
Enquanto o Modernismo priorizava a forma pura, o Contemporâneo recorre à diferenciação da base e do topo do edifício dos demais pavimentos, como na arquitetura do passado, criando efeitos de acabamento e tectonicidade. O tratamento das superfícies dos edifícios também se contrapõe ao da “arquitetura branca” anterior: a Arquitetura Contemporânea faz uso de cores, texturas, grafismos, esquadrias diferenciadas, entre outros, para conferir acabamento e identidade às fachadas. Outra característica é a marcação dos acessos, pois ao passo que a Arquitetura Moderna buscava camuflar as portas da residência para dar aspecto introspectivo, a arquitetura de hoje procura evidenciar a entrada através de tratamento especial, hierarquia ou uso de pórticos e portais, oferecendo um referencial ao usuário. Quanto à volumetria, o Modernismo criava suas formas baseado em adições e subtrações, anexando formas geométricas umas as outras ou retirando “pedaços” para criar vazios. A arquitetura atual procura gerar formas pela intersecção de volumes, de modo que não se consiga identificar as formas originais e criem-se fachadas distintas. O tratamento de sacadas e floreiras na Arquitetura Moderna era como o dos volumes, por adesão das mesmas ao corpo do edifício sem planejamento aparente. Na Arquitetura Contemporânea, tira-se partido das saliências que as sacadas proporcionam para compor a forma final do prédio.
Em Pelotas, a Arquitetura Contemporânea começou a se manifestar com maior expressividade na década 1990, apesar de alguns exemplares terem surgido na década de 1980. Essa arquitetura pode ser observada em edifícios residenciais e comerciais, sendo que estes possuem, de modo geral, maior qualidade arquitetônica. As correntes mais comuns na cidade são a Neo Racionalista, Neo Eclética, Regionalismo, Arquitetura Sustentável, Lúdica e Revitalização, sendo que esta tem recebido especial atenção nos últimos anos. Vertentes como a High Tech, Deconstrutivismo e Neo Organicismo, por exemplo, não são encontradas em Pelotas, provavelmente por exigirem tecnologias e hábitos culturais que não estão difundidos nessa comunidade.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Artigo Bruno

A arquitetura mais moderna – Contemporânea - que substitui a Moderna

Histórico
O surgimento deste estilo de arquitetura vem com o descontentamento das pessoas com a idéia de revolução tecnológica da Arquitetura Moderna. Os questionamentos a esta arquitetura começaram durante a Segunda Guerra Mundial, mas apenas críticas verbais sobre pontos isolados e não uma formulação de um conceito inovador para a arquitetura da época. As críticas mais fortes à Arquitetura Moderna começaram então na década de 70 com o surgimento da Arquitetura Contemporânea (pós moderna) através de correntes transformadoras entre estas duas arquiteturas, dentre elas, três correntes são consideradas principais: as correntes baseadas na Arquitetura Moderna, as correntes lúdico-formalistas e as correntes voltadas para a sustentabilidade.

As correntes da Arquitetura Contemporânea
Das correntes derivadas da Arquitetura Moderna, estão:
• Neo Racionalista – aproveita as melhores características da Moderna, porém cria formas puras, figuras geométricas, uso da cor e da textura e a marcação de topo e base.
• Estruturalista – possui uma hierarquia de funções da arquitetura de pequenas partes, com cada volume para uma função diferente, construções definindo espaços. Assim, quebra-se a monotonia e a repetição.
• Neo Organicista – continua com o organicismo da Arquitetura Moderna, baseando-se nas formas orgânicas da natureza, criando formas fluidas e únicas.
• High Tech – arquitetura baseada na maior possibilidade tecnológica existente no momento. O símbolo desta arquitetura é o poder.

Dentre as correntes lúdico-formalistas estão:
• Neo Ecletismo – questiona a Arquitetura Moderna, buscando inspirações na arquitetura do passado misturando os elementos antigos de forma eclética.
• Deconstrutivismo – arquitetura sem relação com o entorno, sem equilíbrio (aparente), consiste na deconstrução da forma, com desordens e movimentos.
• Neo Expressionismo – contesta a monotonia, caracteriza-se pelo livre experimento, elementos escultórios, criando blocos únicos com adições e subtrações.
• Lúdica – arquitetura que brinca com o observador, criando um jogo.

Das correntes arquitetônicas relacionadas ao paradigma da sustentabilidade, encontra-se:
• Empirista – baseada no conhecimento prático, uma nova maneira do arquiteto se relacionar com o usuário, é empirista quando o projeto atinge a comunidade ou esta participa do mesmo.
• Regionalista – baseada no tradicional, na emoção e na simplicidade, leva em conta os aspectos do entorno e da realidade da população, provoca emoções devido ao fato de mexer com a cultura, as vivências e os costumes das pessoas.
• Sustentável – arquitetura que se preocupa com o amanhã, que desfruta de tecnologias para racionalizar gastos e manutenções, sempre com pensamentos políticos, econômicos, sociais e culturais. Consiste no viver dentro da capacidade de suporte do planeta, satisfazendo as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de satisfação das futuras gerações. Parafraseando Lúcio Costa: “Arquitetura é coisa para ser sentida em termos de espaço e volume, arquitetura é para ser vivida”.
A Arquitetura Contemporânea busca no passado a ornamentação, preocupa-se com a forma, com essa busca, surge o Neo Ecletismo. Em geral, os arquitetos resolveram valorizar as qualidades da Arquitetura Moderna e modificar o que era conceituado de forma ruim. O zoneamento funcional (social-íntimo-serviço) é uma das características positivas do movimento moderno sendo mantidas pelas gerações de arquitetos contemporâneos. O uso da cor foi uma das características modernas que se alterou, pois o cinza e o branco deram lugar às diferentes cores, causando um exagero no início, desta forma, passou-se a trabalhar com cores mais harmônicas entre si.
Como algumas correntes são baseadas na arquitetura do passado, é importante ressaltar seus elementos caracterizadores para a Arquitetura Contemporânea, como a marcação de topo e base, a marcação de acesso, a marcação de esquina, tratamento de reservatórios, o tratamento de superfícies e o tratamento de empenas.
Neste estilo arquitetônico, ressaltam-se duas arquiteturas caracterizadoras: a Arquitetura Inclusora, que consiste na intersecção de formas para gerar uma nova forma ou volume; e a Arquitetura Virtual, a qual está inserida em muitos prédios da Arquitetura Contemporânea, que não tem função alguma, somente como enfeite, estética, imitando elementos construtivos.

A Arquitetura Contemporânea no Brasil
Este estilo arquitetônico nacional, não se diferencia substancialmente da arquitetura internacional, existe uma falta de financiamento, de unidade arquitetônica, de “brasilidade”, pois parece mais uma cópia do que uma criação.

A Arquitetura Contemporânea em Pelotas
Em nossa cidade, o atual estilo de arquitetura é considerado fraco em Pelotas, encontrando-se raros exemplares do Lúdico, mas na maioria em prédios do Neo Eclético e do Neo Racionalismo, sendo notório em algumas edificações com a releitura de elementos do eclético (estilo marcante nas edificações da cidade) ou em tratamento de cores e superfícies, em marcações de acessos e em elementos de topo e base.

Conclusão
Portanto, pode-se afirmar que consiste em um estilo arquitetônico que sofre mutações e se aprimora a novidades a cada momento, sendo de suma notoriedade em países desenvolvidos, possuindo prédios pelo Brasil, mas pouquíssimos destes encontrados na cidade de Pelotas.

Artigo Renata

As primeiras obras da arquitetura contemporânea revelam-se, internacionalmente, no início da década de 70 e no Brasil em meados desta década. Essa nova arquitetura aparece em meio a tantas críticas ao período moderno - considerado sério e adulto - e procura criar cenários, seduzir, brincar, criar efeitos, enfim é experimental. Busca na arquitetura do passado a inspiração para a garantia da qualidade e retoma as idéias construtivistas e confiança na tecnologia, do moderno, mostrando que não o rejeita. Entretanto também olha pra frente apresentando determinação e se nega a permanecer na “mesmice” que o moderno preconizou.
O período moderno caracteriza a arquitetura produzida, os movimentos e escolas arquitetônicas das décadas entre 10 e 50, do século XX. O princípio básico desta arquitetura era de renovar, rejeitando toda a arquitetura anterior ao movimento - principalmente a produzida no início do século XX, como o ecletismo - e produzir uma arquitetura livre de ornamentos e regras clássicas, uma arquitetura de vanguarda. Duas frases se tornaram ícones desse período: “menos é mais” de Mies Van der Rohe e “a forma segue a função” de Louis Sullivan. Entretanto, após a 2ª Guerra Mundial, houve a reconstrução de muitas cidades em linguagem moderna, o que não agradou a população em geral - por serem consideradas cidades “frias”, sem os laços culturais locais, sem identidade - somados à desvalorização dos programas de necessidades - através da busca sem limites pela síntese formal - a arquitetura moderna passou a ser fortemente criticada e precisava ser substituída. É nesse ponto que a arquitetura contemporânea começou a surgir.
A arquitetura contemporânea é dividida em três grandes correntes: as originadas através da arquitetura moderna, as lúdico/formalistas e as que se aproximam do paradigma da sustentabilidade. Neste artigo citarei seis das doze subcorrentes estudadas:
 neo racionalismo – derivada da arquitetura moderna: faz uso de muitas regras de clássicas de composição, contudo isso não é uma norma. Usa figuras geométricas, cores, texturas e arquitetura de topo e base. Pode-se dizer que é a mesma arquitetura moderna, porém aprimorando o que àquela tinha de ruim;
 estruturalismo - derivada da arquitetura moderna: é uma arquitetura de partes pequenas interligadas, onde cada parte tem uma função específica - sua ligação é feita através de passarelas ou estruturas virtuais. Seu ordenamento se dá de forma hierarquizada e nega a repetição e a monotonia. Somente é verificada quando é vista em planta baixa;
 neo expressionismo – derivada da lúdico/formalista: pretende ir contra a norma e faz uso da emoção através de sua forma. É de livre experimento, o que a torna individual. Em geral é um único bloco com adições e subtrações, o que acaba gerando prédios escultóricos;
 lúdica - derivada da lúdico/formalista: se propõe a brincar com quem a contempla - uma interação entre a edificação e o observador. É infantil, divertida e óbvia, pois nos dá a impressão de sempre parecer com algo e mexe com nosso imaginário. Em geral é considerada ruim;
 empirismo – derivada do paradigma da sustentabilidade: tem como fundamento principal a participação dos moradores e/ou comunidade no projeto. Faz referência à cultura e aos elementos arquitetônicos da região, tornando-se, também, regionalista. É considerada sustentável, porque espera-se que será mantida pela comunidade beneficiada;
 revitalização - derivada do paradigma da sustentabilidade: é uma restauração, que une o “velho” com o “novo”. Procura recuperar obras arquitetônicas que se encontram danificadas, para lhes garantir o real valor. Em geral se mantém o exterior da edificação - com pequenas alterações - e se modifica o interior.
A arquitetura de cada período foi caracterizada por elementos que garantiram a sua identificação, na arquitetura contemporânea não é diferente, alguns elementos são essenciais para sua identidade, neste artigo citarei cinco elementos considerados importantes:
 marcação de topo e base: é uma característica da arquitetura clássica, uma marcação - como diz o nome - que diferencia o topo e a base de uma edificação dos demais pavimentos, seja com o uso de texturas ou materiais diversos. Também pode ser trabalhada a marcação do acesso, através dessa característica. Na arquitetura moderna esse tipo de tratamento foi propositalmente esquecido;
 tratamento de superfícies: o acabamento pode ser feito de diversas maneiras, pelo uso de cores (de preferência não saturadas) ou texturas diferentes, pelo uso de materiais distintos, como a madeira ou o aço ou também pode ser feita através da escolha das esquadrias. O oposto do que ocorria na arquitetura moderna, onde o importante era a verdade da construção;
 tratamento de empenas: assim como o tratamento de superfície, o de empena pode ser feito com o uso de diferentes materiais, texturas e cores. Sendo o último o mais comum, criando listras, molduras, grafismos, formas geométricas, enfim, o que se adequar melhor esteticamente. No moderno as empenas não ganhavam nenhum tipo de tratamento ou então as vigas e lajes eram marcadas, através de uma cor diferente da usada na extensão da empena;
 arquitetura virtual: é o uso de um elemento com função meramente visual. É a continuidade de uma forma ou volume através de vigas, molduras ou mesmo uma parede, para garantir a unidade da edificação, para que não pareça que falta alguma parte. Na arquitetura moderna esse tipo de tratamento não existia, era considerado desnecessário, visto que a verdade arquitetônica imperava;
 utilização de “citações”: consiste em recriar algum elemento ou forma de uma obra marcante já existente, seja pra compor com o entorno ou meramente como uma referência. É importante que a citação seja bem adaptada, para não parecer apenas uma colagem na nova edificação. Os modernistas, por negarem o passado, jamais usariam tal recurso.
Em Pelotas as subcorrentes mais observadas são: o neo ecletismo, que muitas vezes faz referências ao seu entorno ou usa elementos marcantes dessa corrente, já que a cidade apresenta muitas obras ecléticas de qualidade; a neo racional, a qual foi caracterizada anteriormente e é uma adaptação do moderno, com tratamento de fachadas, empenas e acréscimo de topo e base; e a revitalização, também caracterizada anteriormente, que é a restauração de prédios antigos. Nos últimos anos, a cidade de Pelotas revitalizou diversos prédios tombados ou inventariados, através do projeto “monumenta”, que visa preservar esse patrimônio cultural. Correntes mais “experimentalistas” como a high tech, o neo organicismo, o neo expressionismo e o desconstrutivismo não estão presentes, visto que tais correntes são destinadas a edifícios únicos, marcantes, típicos de grandes cidades desenvolvidas.
Os elementos caracterizadores da arquitetura contemporânea são observados na cidade, alguns em maior escala e melhor qualidade que os outros. Porém, os projetos devem ser mais trabalhados - além do programa de necessidades, estudos de insolação e afins – através de estudos da arquitetura produzida no passado, a fim de buscar o que elas tinham de melhor, para tentar adaptar essas características de maneira que a edificação se adeque ao entorno, sendo estética e contemporânea.
Para concluir, cito um parágrafo do texto “Arquitetura contemporânea no Brasil: da crise dos anos setenta ao presente promissor”, encontrado no portal Vitruvius, escrito por Luís Henrique Haas Luccas :
“A produção de uma arquitetura contemporânea pede uma relação equilibrada com o passado, sem nostalgia nem desrespeito pelas suas lições. Como um alento, novos valores emergem na arquitetura brasileira, apoiados nos ensinamentos bons e maus da experiência pregressa, sem deixar de propor inovações e obter resultados atuais. Afinal, é o que se deseja.”

Artigo Martha

Arquitetura Contemporânea no Brasil
As cidades européias foram praticamente destruídas durante a Segunda Guerra Mundial, quando a guerra acabou, em 1945, elas precisaram ser reconstruídas. Os arquitetos que iniciaram esse processo acreditavam que o estilo moderno estava desgastado, e encontraram na Europa o espaço perfeito para aplicar suas idéias. Entretanto o resultado na agradou a população como os arquitetos esperavam, o povo queria uma cidade como tinha antes. Essa desaprovação esfriou os ânimos dos arquitetos, e só a partir da década de 70 tornou-se perceptível uma produção de arquitetura contemporânea ao redor do mundo.
Da década de 30 até a inauguração de Brasília em 1960, a produção arquitetônica no Brasil era baseada nos conceitos da arquitetura moderna. Durante a década de 60, ocorria no Brasil ditadura militar, a repressão animou a discussão a respeito da política, e praticamente não houve discussão acerca de arquitetura. O êxito que se obteve com a arquitetura moderna no Brasil também contribuiu para que essa continuasse a nortear os projetos e os ensinos de arquitetura, enquanto no resto do mundo uma nova forma de projetar fosse se desenvolvendo.
O pós-moderno que, começou a parecer no final da década de 70, não é um estilo, mas um grupo de correntes arquitetônicas, algumas delas se inspiram na arquitetura moderna, como o neo-racionalismo, que usa figuras geométricas puras, regras de composição, começa a aplicar os conceitos de topo e base, e a usar a cor, na maior parte das vezes saturadas. Ao contrario destes existem os “arquitetos brancos”, que estudam e valorizam a forma, mas ao construir utilizam apenas a cor branca.
Outro estilo baseado no moderno é o hight-tech, que usa as mesmas formas puras do moderno, e que procura expressar a máxima tecnologia possível, buscando até mesmo na forma parecer ser do futuro. Os neo-organicistas trazem em geral a estrutura aparente, pois elas em geral se inspiram em esqueletos de animais, ou em outras formas da natureza, em geral o projeto torna-se um objeto único.
Além das correntes que se inspiram no movimento moderno, existem as correntes lúdico-formalistas, como o neo-expressionismo, que quer transmitir emoção, e para isso se inspira nas demais artes, cria formas pesadas e robustas, adepto ao livre experimento, gera obras escultóricas e individualistas, que não interagem com o entorno. O estilo de construtivista, também gera prédios escultóricos que não interagem com o entorno, como o nome disse, desconstroem a forma, e mostram uma falta de equilibro aparente. A arquitetura lúdica é outro estilo que busca brincar com o observador, propõe um jogo, uma interação.
O neo-ecletismo, apesar de ser lúdico-formalista, é bastante diferente, acontece 100 anos depois do ecletismo, e reúne elementos da história da arquitetura, parece uma colagem e mistura intencional de estilos.
Por fim existem as correntes que se aproximam do paradigma de sustentabilidade, como o empirismo, um estilo no qual os moradores participam do projeto, é um trabalho feito com comunidades, gera um espaço melhor para o usuário e as gerações futuras, pois é baseada na experiência. Existe também o regionalismo, um estilo baseado na tradição, um estilo próprio do local, ele é convencional, modesto, discreto, mas provoca um efeito emocional, pois capta o capta o espírito do lugar. Esses dois estilos são considerados sustentáveis, não pelos aspectos ecológicos, mas sim pelo social e cultural.
Mas existe a arquitetura sustentável em si, que possui várias dimensões: ambiental, econômica, social, espacial, cultural, política, técnica construtiva, sensorial, espiritual... Ela busca utilizar menos materiais, sistemas de energia mais eficientes e menos poluentes, sistemas de coleta e tratamento de água. São tantos aspectos, e objetivos desse tipo de arquitetura, que até mesmo os arquitetos e estudiosos do assunto encontram dificuldade em defini-lo.
A dificuldade de definição não está presente apenas na arquitetura sustentável, a realidade e que estudar e definir um processo que ainda não terminou, é algo bastante complicado, como foi dito no começo do texto, o pós moderno ainda pode ser entendido como um conjunto de estilos diferentes, é possível que quando esse período estiver completado o processo de início meio e fim, ele seja interpretado e classificado de uma forma diferente.
No momento podemos classificá-lo assim, e traçar algumas a características comuns, a arquitetura contemporânea como um todo interage com o usuário, por exemplo, busca transmitir emoções, é lúdica. Incorpora diferentes elementos como: topo e base como o nome já diz uma marcação diferenciada dos demais pavimentos, que pode marcar o acesso, é baseado na arquitetura do passado, produz efeitos de acabamento, rompe com a forma pura e dá identidade ao prédio; elementos que já mais seriam admitidos no modernismo, são inseridos para criar efeitos compositivos, efeitos de cenário; tratamento de superfícies, través de, cores, texturas, diferentes materiais para acabamento; tratamento de reservatórios, uso do reservatório para compor a forma; tratamento de sacadas, agora elas fazem parte do prédio, é agregada ao volume; a elementos inclusores, várias formas que formam uma única, não se sabe qual o volume principal.
Mas a arquitetura contemporânea é mais do que uma união de elementos, é uma arquitetura que reflete a sociedade atual, pois da mesma forma que a população faz uso da globalização e da tecnologia, para cada vez mais diminuir as fronteiras e se tornar uma só, um único padrão, a arquitetura que obtemos hoje é assim também, internacional, sem analisar o entorno não podemos afirmar se uma obra foi construída em Tókio, em Nova York, ou em São Paulo.
A arquitetura contemporânea também não possui aquela rigidez da arquitetura moderna, ela é livre, e se inspira no passado, e não faz questão de esconder, ao contrário muitas vezes mostra isso através de citações de obras, readaptando certos elementos. E por fim também se contrapondo aos modernistas, os arquitetos contemporâneos reconhecem que estão produzindo um estilo que será passageiro, e no fim desse período existirá outro, que se expressará de outra forma. Por hora resta refletir como desejamos que seja o estilo contemporâneo e contribuir para que ele tenha essas características.

Artigo Bárbara Ribeiro

A arquitetura contemporânea

Como toda a arquitetura que vem substituir uma estilo anterior, a arquitetura contemporânea também se contrapõe e faz criticas a sua precedente, a arquitetura moderna. Entre esses diversos pontos distintos dos que a arquitetura moderna pregava podemos observar uma utilização menos racional, pois passa a trabalhar com significados e sensações através do uso de cores, texturas, formas orgânicas e lúdicas. A forma somente pela estética não é mais usada, pois existe também uma preocupação com a função.
Outro ponto é a busca de elementos na arquitetura do passado e volta a utilizar ornamentos, podemos observar essa característica na corrente neo eclética.
Podemos observar mais dessas características conhecendo alguns tipos de correntes e tratamentos caracterizadores da arquitetura moderna.

Correntes da arquitetura contemporânea:

Neo racionalismo: É caracterizada por utilizar linguagem do racionalismo, figuras geométricas e regras de composição. Baseia-se muito na arquitetura moderna, mas também faz uma critica a mesma em alguns pontos como a utilização de cor, texturas, e marcação de topo e base.

Estruturalismo: Concebido em pequenas partes divididas por suas funções. São blocos diferenciados quebrando com a monotonia da arquitetura moderna. Possui uma disciplina geométrica, ornamentos hierarquizados e repetição. Dentro da corrente podem-se identificar dois tipos de estruturalismo Agrupado e Centralizado.

Neo Organicista: Baseia-se na arquitetura moderna, mas contrapõe-se a ela em sua forma menos rígida e fluida. Baseia-se nas formas da natureza, faz referencia a estrutura, por essas características esses edifícios se tornam objetos únicos.

Lúdico Formalista: Reúne elementos da história da arquitetura e esta vinculada com demais correntes da arquitetura contemporânea como neo ecletismo, neo expressionismo, lúdica e desconstrutivismo.

Neo Expressionosmo: Utiliza-se do exagero da forma para demonstrar o sentimento, são prédios escultóricos, blocos únicos com subtrações e adições de muitos andares, sóbrios, pesados.

Descontrutivismo: Pretende dar a sensação de desordem e falta de equilíbrio aparente, podem ser high tech. São edifícios sem relação com o entorno e escultóricos.

Elementos Caracterizadores da Arquitetura Contemporânea:

Arquitetura de Topo e Base: É A diferenciação entre os andares da extremidade e os demais andares do edifício, gerando uma identidade ao mesmo.
Esse elemento caracterizador é oposto ao modernismo, pois rompe com a forma pura da edificação.

Marcação de Acesso: Utiliza-se de tratamentos diferenciados para fazer uma marcação do acesso ao edifico, como pórticos e portais. Esses dão uma idéia de monumentalidade ao mesmo. Essa pode estar vinculada com a arquitetura de topo e base.

Arquitetura Virtual: A utilização de elementos arquitetônicos com a finalidade de compor a fachada do mesmo. Pode estar vinculado com demais elementos caracterizadores como marcação de acesso, tratamento de reservatórios, composição de janelas e marcação de topo e base.

Arquitetura Inclusora: A volumetria do edifico é composta por varias formas, dando origem a uma nova forma mais complexa. Esse tipo de arquitetura se contrapõe ao modernismo que compunha suas formas através da adição e subtração de volumes, pois nesse caso o edifico é composto por uma integração entre diversos prismas.
Utilização de Citações: É a pratica de utilizar referencias a arquiteturas já produzidas. Essas citações podem ser uma copia de algo já edificado ou uma recriação. Esse tipo de arquitetura está ligado ao espírito lúdico da arquitetura contemporânea.
Entre as diversas correntes da arquitetura contemporânea encontradas na cidade de Pelotas, podemos observar uma maior profusão da corrente Neo Racionalista a qual se caracteriza por utilizar uma linguagem do racionalismo e basear-se bastante na arquitetura moderna, não deixando de fazer uma critica a mesma utilizando-se de cores, texturas e diferentes tipos de marcação.
Outra corrente que se destaca é a Neo eclética, que utiliza elementos do ecletismo, porém adaptados a arquitetura atual, fazendo referencia ou até uma “citação” da arquitetura existente na cidade.